A Assembleia Extraordinária do Conselho Deliberativo do Avaí, realizada na noite de ontem teve alguns momentos tensos, principalmente quando alguns membros da Mancha Azul cobraram mais incisivamente o presidente Júlio Heerdt, como também foi uma noite de definições e esclarecimentos.
A reunião não foi exatamente tranquila, como são as reuniões de um CD, já que a reunião foi convocada por 39 torcedores, que fazem parte do conselho, que amparados pelo artigo 39, do item 5 do Estatuto do clube, assinaram a petição para que ela fosse realizada. A presença foi boa de conselheiros.
A Torcida Organizada Mancha Azul compareceu, com seus representantes que foram bastante incisivos nas cobranças, com pedidos de renúncia da atual diretoria. Fazendo acusações e com alguns gritos isolados de “incompetentes”. O presidente Júlio Heerdt manteve a serenidade em toda a reunião e respondeu a todos os questionamentos principalmente sobre as acusações de que jogadores da base estão saindo do Avaí de graça.
Fabiano Pierri e o ex-zagueiro Betão esclarecem que até os 14 anos, os contratos são anuais – por exigência da lei – e que é difícil segurar os garotos, caso outros clubes assediem esses jovens atletas.
Sobre a parte administrativa e financeira, o presidente Júlio Heerdt afirmou que no ano passado foram pagos R$ 20 milhões da dívida do Avaí herdada de gestões anteriores e que nesta temporada não está dando para baixar a dívida do clube por que a receita diminuiu. O presidente tranquilizou os conselheiros presentes de que o time não vai cair e que as contratações (as seis anunciadas pelo novo diretor executivo) irão resolver o problema da equipe.
E finalmente, a deliberação de que o futebol feminino será incorporado pelo Avaí para atender uma determinação da CBF (Confederação Brasileira de Futebol) e de que é possível lucrar com essa categoria.
Texto: Sérgio Paulo Scharf DRT/SC 02685 JP
Foto: Leonardo Boeira/ Avaí FC